90 - Eu não posso perder meu filho

- Ele mesmo. - Guilherme falou sorrindo irônico.
- Eu juro que vou matar vocês! - falei cerrando os dentes.
- Calma ai cantorzinho!
- Calma o caralho! Eu quero a minha namorada, entendeu? A minha namorada!
- Será mesmo que ela ainda é sua namorada depois de ter me visto aos beijos com você?
- Cala a boca Marina! Eu te juro, juro que vou acabar com você! Que tu vai pagar por todo o estrago que ta fazendo ma minha vida, eu te odeio!
- E eu te amo! - ela falou e ri sarcatisco, correndo em sua direção, eu iria pra cima dela.. Eu iria acabar com aquela mulher.
- Não ouse relar a mão em mim! - ela disse e Guilherme junto a mais um cara segurou meus braços, me impedindo de chegar mais próximo dela.
- Eu.... Quero você!
- Você ta louca Marina! Louca! - gritei e ela se aproximou de mim.. Na tentativa de me beijar
- Sai daqui! - gritei lhe chutando e ela foi pra trás.
- Você não fez isso..
- Fiz e se quiser faço de novo! - falei e meu rosto ardeu, ela havia me dado um tapa.
Tentei me controlar ao maximo pra que as coisas não piorassem, mas com aquela mulher na minha frente.. Era uma missão impossível. Me acalmei, e ofegante.. Pedi pra ver a minha Laura.
- Te mostraremos ela. - Marina dizia sorrindo irônica e logo os dois idiotas que me seguravam me arrastaram pra uma sala, Marina abriu a porta e meus olhos focaram na mulher da minha vida. Ela estava suja, e assim que me viu, pude ver uma lagrima descer sobre seu rosto.
- Luan.. Me tira daqui! - ela disse em sussuros e Marina se aproximou dela, lhe dando um tapa na cara também fazendo meu coração se despedaçar, ela era louca. E só de pensar que Laura estava sofrendo por minha culpa, meu peito doía.
- Sua estupida! Não faz isso com ela. Eu vou te matar!
- Podem bater, ele merece. - ela disse me deixando sem entender.
Fui arremessado naquele piso e mais dois caras gigantes adentraram naquela casa. Fui chutado, socado, e não conseguia de maneira nenhuma me defender, alias... Eu não podia.
- Larguem ele! Por favor, não façam isso! - Laura dizia aos prantos ao observar a briga, aquilo não faria bem a ela.
- Vocês estão pagando por isso, simplestemente por não permitirem com que eu ficasse ao lado dele. Do homem da minha vida! Não quero dinheiro, não quero nada, só quero que vocês sofram. - Marina disse rindo sarcástica, enquanto eu apanhava mais.

Bruna narrando
Meus pais, quanto a mãe de Laura estavam aflitos por notícias de Luan e Laura, já havia se passado uma hora que meu irmão havia saido de casa e não tínhamos nenhuma notícia se quer. Sem esperar mais, ligamos pra polícia que graças a Deus chegou em casa rapidamente, e então.. Eu, meu pai, Bruno, Leticia e Israel seguimos pro local aonde meu irmão deveria estar junto a minha cunhada. Durante o trajeto, fui conversando com minha mãe e Cristina pelo celular, que estavam em casa.. A espera de noticias. Meu pai explicava a situação pros políciais, que diziam que tudo iria dar certo. Logo estávamos frente a uma casa, certamente abandonada, ela era cercada por matos, um lugar sombrio, meio assustador. Um arrepio passou pelo meu corpo ao ver dois caras vestidos de preto naquele local, que correram pra dentro da casa, assim que viram que estávamos ali. Fiquei ali em silêncio com Leticia, enquanto Bruno, Israel e meu pai caminharam junto aos policias até aquela casa. Rezava junto a minha amiga para que desse tudo certo, pedia a Deus para que minha cunhada, meu sobrinho e meu irmão saíssem dali bem.

Laura narrando
Era completamente impossível medir a dor que estava instalada em meu peito. Eu estava vendo na minha frente, o pai do meu filho.. apanhando por quatro homens e um dele era meu ex, Luan não tinha nenhuma defesa, e eu tambem não podia fazer nada. Tinha medo, medo de que acontecesse o pior com ele. Minha barriga estava dura, minhas costas doiam, e eu sentia algumas pontadas,  imagina ser tamanho nervoso que estava passando. Chorava sem parar, e tentava de todas as formas desamarrar minhas mãos. Marina, observava tudo, rindo.
- Patroa, os caras tão ai. - dois caras disseram assim que adentraram na casa
Percebi que havia me soltado, e me levantei com tudo.
- Soltem ele agora! - falei e assim, um grandalhão me empurrou, fazendo com que eu batesse a lateral da minha barriga no chão. Uma dor imensa invadiu meu corpo e comecei a morder meus lábios, vi Luan me encarar, preocupado. Me levantei novamente e um liquido escorreu sobre minhas pernas, junto a sangue.
- Me levem pro hospital. Eu não posso perder meu filho - falei aos prantos.
Arrombaram a porta e os polícias entraram ali, foi a única coisa que consegui ver... Até desmaiar.

Luan narrando
Eu sentia dores em todo meu corpo e meu rosto sangrava. Apanhava e chorava ao mesmo tempo por ver Laura ali, sofrendo.. Dois caras adentraram na casa e disseram que os "caras" que certamente era os políciais, estavam ali. Tudo iria dar certo, eu tinha fé. Virei meu rosto ao escutar o grito de Laura e ela estava em pé, pedindo pra que parassem de me bater, vi minha ex sendo arremessada no chão e depois de minutos um liquido misturado com sangue, algo sujo escorreu sobre suas pernas! E ai sim eu entrei em desespero, eu não podia perder meu filho. Ao pensar nisso, arrombaram aquela porta e três policiais já estavam armados. Enquanto outro ligava pra ambulância ao ver que Laura havia desmaiado.

------------------------------------------------------------Meninas, acredito que o capitulo tenha ficado pequeno porque escrevi boa parte dele no celular. Mas enfim, o que sera que vai acontecer com a Laura agora?
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Beijos

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